Abertura ao vivo que desmonta a máscara do “bobo da corte”. A multidão vibra, mas o narrador se revela afundando por trás do riso.
My Hard Rocks é um hard rock de catarses: riffs grandes, ganchos de arena e letras que encaram ansiedade, esvaziamento, insônia, doomscrolling, culpa e auto‑sabotagem. O disco nasce da fronteira entre palco e consultório: a persona que performa força em público enquanto afunda por dentro, até decidir tratar o silêncio como matéria‑prima — nomear o medo, testar crenças, renovar escolhas.
Em treze faixas, a jornada vai do brilho falso (“The Sinking Man”, “Empty Heights”) ao chão áspero do cotidiano (“Mall Cop Blues”, “Raw to the Bone”), atravessa a espiral digital (“Doomscroll Dream”, “Wide Awake”), entra no consultório da mente (“Unwritten Fears”, “Mind’s Trial”) e renasce no imperfeito que liberta (“Chasing the Crack”). No fim, coro e coragem: “Healing in the Hollow” cura o eco, e “Hold the Line” sela o compromisso — não com a perfeição, mas com a presença.
Abertura ao vivo que desmonta a máscara do “bobo da corte”. A multidão vibra, mas o narrador se revela afundando por trás do riso.
O palco vira território de ameaça; cabos e cortina simbolizam pânico de performance. Virada: ocupar o lugar apesar do tremor.
Topo que não preenche: vidro e troféus brilham, mas falta fogo interior. Crítica à validação sem vínculo interno.
Propósito anêmico sob néon. Manequins e rotina sem sentido; o crachá pesa mais que a função.
Alienação de aeroporto: números mudam, voos partem, o eu não. Corpo em carne viva no atrito do mundo.
Queda na espiral digital: feed promete verdade e entrega fragmentos. Confissão do vício do deslizar infinito.
Insônia paranoide onde a noite é maratona sem linha de chegada; tensão cinematográfica até o primeiro clarão.
Sessão de terapia: medo de expor e perfeccionismo. O “livro fechado” como metáfora do bloqueio criativo.
Virada cognitiva: testar evidências, separar fato de história e julgar crenças como num tribunal interno.
Hino anti‑perfeccionismo: perseguir a rachadura que quebra a máscara. Cada impacto libera energia presa.
Retrato de ciúme incendiário: a coroa de cinzas mostra que controle queima primeiro quem a carrega.
Coração terapêutico: nomear a “besta”, costurar amanhã com cada lágrima; o oco vira templo.
Fecho de pacto: escolher presença, manter o traço. Disciplina com alma, coragem com humildade.